Qual a função do regulador intestinal e quando usar?

Regulador intestinal é o termo utilizado para descrever produtos que ajudam a manter o equilíbrio e a saúde do trato gastrointestinal. Eles são compostos por diversas substâncias, entre elas as fibras, que são as principais aliadas de quem sofre com problemas intestinais.

Essa regulação é essencial para o bom funcionamento do sistema digestivo, uma vez que uma série de fatores podem afetar negativamente a flora intestinal e, consequentemente, causar problemas, como constipação, diarreia, inchaço e desconforto abdominal. 

Por essa razão, muitas pessoas buscam soluções naturais ou farmacêuticas para regular o intestino e melhorar a qualidade de vida. Neste contexto, é importante compreender as opções disponíveis e seus efeitos no organismo. Confira a seguir! 

Qual a função do regulador intestinal e como ele funciona?

O trato gastrointestinal é responsável por digerir os alimentos, absorver nutrientes e eliminar resíduos do organismo. Esse processo envolve a ação de diversas bactérias benéficas que habitam o intestino e que são responsáveis por manter a flora intestinal equilibrada. No entanto, alguns fatores externos podem alterar esse equilíbrio, resultando em problemas como constipação, diarreia e desconforto abdominal.

É aí que entra a função dos reguladores intestinais, que têm o papel de ajudar a regular o funcionamento gastrointestinal e manter a flora intestinal saudável. Existem várias opções disponíveis, que são geralmente ricas em fibras, probióticos e prebióticos.

As fibras solúveis e insolúveis estão entre os principais componentes do regulador intestinal, pois ajuda a aumentar o volume das fezes e facilitar a eliminação dos resíduos do organismo. 

Já os probióticos são bactérias benéficas, que também podem ser encontradas em alimentos como iogurtes, leites fermentados e suplementos alimentares. Eles ajudam a equilibrar a flora intestinal, melhorando a digestão e prevenindo a proliferação de bactérias nocivas.

Os prebióticos, por sua vez, são compostos que alimentam as bactérias benéficas presentes no intestino. Eles são encontrados em alimentos como alho, cebola, chicória e alcachofra.

Tendo esses elementos como base da sua composição, os reguladores intestinais têm o papel de facilitar a evacuação. Isso pode ser feito de diversas formas, como ao reter maior quantidade de água no intestino para aumentar o bolo fecal ou ao amolecer as fezes, por exemplo.

Alguns reguladores intestinais podem atuar como laxantes, usados para aliviar a constipação. Seu uso, no entanto, deve ser acompanhado por um médico. Acontece que a prisão de ventre é uma condição que acomete principalmente as mulheres, fazendo com que a automedicação seja mais comum entre elas. 

Nesse sentido, vale o alerta: a manipulação inadequada desse tipo de medicamento pode trazer malefícios, como a desregulação da flora intestinal. Continue a leitura para descobrir em quais casos o uso do regulador intestinal é recomendado.

Quando é recomendado usar regulador intestinal? 

A constipação, também conhecida popularmente como prisão de ventre, é um condição que acomete muitas pessoas. Além de influenciar no bem-estar, faz com que a pessoa tenha suas atividades diárias comprometidas em algum nível. Além disso, um intestino que não funciona bem pode aumentar a predisposição ao desenvolvimento de doenças.

O intervalo para eliminação das fezes pode variar de três vezes ao dia a três vezes na semana, mas algo diferente disso não necessariamente indica algum tipo de doença intestinal. Além da frequência da evacuação, o diagnóstico desse tipo de problema depende de outros sintomas, como dor e distensão abdominal, sangramento, esforço excessivo para conseguir evacuar e sensação de insatisfação.

Nesses casos, pode ser necessário que o médico opte por algum tipo de intervenção, como o uso de um regulador intestinal. Vale ressaltar que esse tipo de produto é recomendado apenas quando há problemas no trato gastrointestinal que afetam a saúde e o bem-estar do indivíduo. 

No caso de pessoas que sofrem com constipação, por exemplo, o regulador intestinal pode intervir amolecendo as fezes e facilitando sua eliminação do intestino.

O mesmo vale para pessoas que sofrem com a síndrome do intestino irritável, já que seus sintomas incluem dor abdominal, inchaço e constipação ou diarreia. Nesses casos, o uso de reguladores intestinais pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. 

O estresse e o uso prolongado de antibióticos são condições que também podem afetar negativamente o desempenho do trato gastrointestinal, demandando a ajuda de reguladores intestinais para normalizar seu funcionamento.

Seja qual for a situação, é importante lembrar que, antes de utilizar qualquer opção de regulador intestinal, é sempre recomendado consultar um médico para que ele possa avaliar as melhores opções para o seu caso específico.

Ainda que o regulador intestinal seja uma solução eficaz para muitos problemas desse tipo, a maneira mais saudável e natural de regular o intestino é através da alimentação. Saiba mais no próximo tópico.

Alimentos que atuam como reguladores intestinais naturais

Como vimos acima, o uso de regulador intestinal é recomendado apenas para casos nos quais problemas gastrointestinais são diagnosticados pelo médico. A boa notícia é que, para ajudar a manter sua flora intestinal funcionando bem e se prevenir contra esse tipo de complicação, há diversos alimentos que atuam como reguladores intestinais naturais. 

Agora que você já sabe o papel das fibras no funcionamento gastrointestinal, que tal inseri-las na sua alimentação diária? Além de ajudarem a prevenir a prisão de ventre e melhorarem o funcionamento do intestino, as fibras também reduzem os níveis elevados de colesterol, tornam mais lenta a absorção da glicose, contribuem no controle do peso e podem até mesmo diminuir os riscos de desenvolvimento do câncer no cólon.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão de fibras recomendada ao adulto é de 20 a 30g diariamente. Estima-se, no entanto, que essa quantidade seja consumida por apenas 32% da população brasileira, de acordo com a última Pesquisa de Orçamentos Familiares que foi lançada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os principais alimentos fontes de fibras são frutas, verduras, legumes, grãos integrais, sementes e oleaginosas. Algumas frutas ricas em fibras são a maçã, pêra, abacate, manga, ameixa e laranja. Entre os vegetais, podemos citar o brócolis, couve-flor, cenoura, beterraba e espinafre.

Entre os grãos integrais, destacam-se o arroz integral, a aveia, a quinoa, o trigo integral, o pão integral e a massa integral. Como possuem mais grãos, os alimentos integrais são mais ricos em fibras insolúveis quando comparados às suas versões refinadas. Além disso, aumentam a saciedade.

As leguminosas, como feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico, também são fontes importantes de fibras, assim como as sementes (como a chia, a linhaça e a de girassol) e as oleaginosas (amêndoas, castanhas e nozes). Ao incorporar esses alimentos em sua dieta, você estará contribuindo diretamente para a sua saúde e bem-estar geral. 

Mas não basta apenas consumir mais fibras em seu dia a dia. Para que elas cumpram seu papel de regularizar o ritmo intestinal, também é importante aumentar o consumo de água. Caso contrário, o efeito pode ser outro, com as fibras agravando a prisão intestinal. 

A água é importante para amolecer as fezes e facilitar a eliminação do intestino. Sendo assim, consumir água em quantidade adequada é fundamental para garantir o bom funcionamento do intestino. 

Além disso, a prática de atividades físicas também é importante. Em conjunto, o consumo de fibras, a ingestão de água na quantidade adequada e a realização de exercícios ajudam a estimular a atividade muscular intestinal, prevenindo problemas como a prisão de ventre e suas complicações.  

Dessa forma, é possível regular o intestino naturalmente. Essa é uma mudança que vem aos poucos, e não da noite para o dia, mas que é mais duradoura e evita a necessidade de recorrer a medicamentos.

Outros alimentos que podem contribuir nesse sentido são os probióticos, como iogurte natural, kefir, chucrute e kimchi, que contêm bactérias benéficas que ajudam a manter o equilíbrio da flora intestinal e promover a saúde digestiva. Invista também em um bom azeite de oliva: esse alimento é rico em gorduras saudáveis e antioxidantes que ajudam a reduzir a inflamação no trato gastrointestinal e a promover a saúde intestinal.

Agora, se o seu caso for um pouco mais delicado, com episódios recorrentes de prisão de ventre que não foram solucionados com mudanças de hábitos como as que foram mencionadas neste artigo, é importante buscar ajuda médica para identificar exatamente qual a causa do seu problema.

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